Muito se fala sobre a computação na nuvem, mas para adquirir esse tipo de solução de forma segura e estável, você precisa entender como funciona esse sistema.
Preparamos um guia completo onde você vai entender o que acontece com os seus dados e para onde eles vão. Confira a seguir!
O que é a computação na nuvem?
O sistema de cloud computing fornece servidores compartilhados, possibilitando o acesso através de computadores, smartphones, tablets e outros dispositivos que possuem conexão com a internet. Alguns exemplos de ferramentas disponibilizadas na nuvem são o iCloud, o Dropbox, o Google Drive e o Microsoft Office Online.
Em alguns programas, é permitido que mais de um usuário possa acessar, editar e colaborar com um documento simultaneamente.
Para que serve a computação na nuvem?
A segurança de nuvem oferece uma grande variedade de ferramentas e práticas, ela possui diferentes funcionalidades. Dentre as funções mais importantes da segurança de nuvem, está a garantia de acesso apenas aos usuários autorizados. Para conseguir isso, as empresas utilizam ferramentas e estratégias como:
1- Microssegmentação: Técnica de segurança que divide o data center em segmentos de segurança distintos até o nível da carga de trabalho individual. Permite a definição de políticas de segurança flexíveis e minimiza os danos que os invasores podem causar.
2- Firewalls de próxima geração: Mais inteligente e eficaz do que um firewall tradicional, o firewall de próxima geração usa filtragem compatível com aplicativos e impede ameaças avançadas.
3- Criptografia de dados: Este processo codifica os dados de modo a exigir uma chave para decifrá-los e assim, impedir que caiam em mãos erradas.
4- Inteligência de detecção, monitoramento e prevenção de ameaças: Estes recursos realizam uma varredura de todo o tráfego para identificar e bloquear malware e outras ameaças.
O que é segurança na nuvem?
A segurança da computação em nuvem, ou simplesmente segurança na nuvem, é um conjunto de políticas, protocolos, procedimentos de controle e software e tecnologias projetados para proteger dados, infraestrutura e sistemas baseados em nuvem.
A segurança na nuvem destina-se especificamente a proteger os dados da nuvem e/ou as informações do usuário, mantendo assim a conformidade regulatória. Isso incluirá a definição de regras de autenticação para todos os dispositivos conectados ao serviço de nuvem e também para todos os usuários que usarão o serviço. A segurança na nuvem pode ser personalizada de acordo com as necessidades exatas do negócio, por exemplo, filtrando o tráfego (para bloquear/mitigar o tráfego de bots) e autenticar o acesso, entre outras funções.
Existem vários métodos que podemos usar para implementar a segurança na nuvem, dependendo do serviço em nuvem e das soluções de segurança disponíveis. No entanto, a implementação deve ser um processo cooperativo entre o provedor da solução e o proprietário do negócio.
Por que proteger seus dados através da segurança na nuvem?
Além de poupar gastos com a compra de licenças de software e com assistência técnica, você ainda pode usufruir das muitas vantagens da computação na nuvem.
A segurança na nuvem te proporciona uma maior comodidade. Sem ela, documentos se acumulariam em HDs tais como os papéis em salas-arquivo. Isso sem falar nos investimentos desproporcionais em infraestrutura de rede/servidores.
O novo consumidor omnichannel é exigente com relação aos serviços digitais oferecidos, exigindo cada vez mais a disponibilidade de rede e servidores em qualquer momento e horário do dia. A migração para a nuvem trouxe a otimização de espaço, agilidade na gestão de dados, poupou recursos e trouxe maior flexibilidade, mobilidade e disponibilidade permanente para os seus usuários.
Com um simples clique no seu celular, agora você pode assinar contratos no saguão do aeroporto, acessar sistemas da empresa de casa e até mesmo demandar trabalhos para os seus funcionários trabalharem dos seus próprios dispositivos.
Princípios de segurança na nuvem
As ameaças de segurança estão em constante evolução. Programas maliciosos e bots automatizados também evoluíram para ser muito mais sofisticados do que nunca e agora são muito eficazes no direcionamento de serviços e soluções baseados em nuvem.
Portanto, temos que estabelecer princípios básicos claros para ajudar a definir nossa abordagem estratégica para a segurança na nuvem, em vez de detalhar as especificidades de cada tática.
1 – A abordagem de segurança deve depender da plataforma
Simplesmente não podemos mais confiar em uma solução única para todas as nossas necessidades de segurança na nuvem. Diferentes serviços em nuvem podem exigir diferentes soluções de software de segurança ou detecção de bot, sem mencionar bibliotecas de código aberto e outras ferramentas baseadas em nuvem envolvidas no sistema.
É importante definir e implementar controles de segurança no nível prático mais baixo possível, o mais próximo possível do local de armazenamento de dados. O desafio nisso, no entanto, não é apenas implementar a segurança e manter a privacidade dos dados, mas também implementar controles e políticas consistentes.
Por exemplo, quando aplicamos diferentes políticas de segurança para diferentes componentes de seus sistemas em nuvem, devemos considerar a consistência da atenção em todos esses diferentes componentes.
2 – Assuma que você é um alvo
Hoje em dia, as violações de dados não são um problema exclusivo de grandes empresas e empreendimentos. Muitos cibercriminosos estão visando ativamente pequenas empresas e até mesmo indivíduos. Um bom princípio é assumir que você é realmente um alvo para que possa sempre manter as melhores práticas de segurança o tempo todo.
Na prática, devemos sempre testar regularmente nossos sistemas e todos os serviços em nuvem quanto a possíveis vulnerabilidades e monitorar/analisar continuamente nosso sistema em busca de atividades incomuns que geralmente indicam uma ameaça.
3 – Segurança envolve principalmente o isolamento de sua rede
Criar limites de segurança para isolar sua rede, principalmente implementando firewalls, ainda é muito importante. No entanto, a melhor prática hoje em dia é estabelecer firewalls dentro do seu sistema. Dessa forma, quando a rede foi violada e sua segurança na nuvem está comprometida, ainda podemos impedir que um único ataque comprometa toda a sua rede estabelecendo diferentes zonas de segurança.
4 – Dados sensíveis exigem controles de acesso sofisticados
É muito importante localizar sistemas que armazenam dados confidenciais e identificar quais dados são arriscados (ou seja, pessoalmente identificáveis). Temos que identificar e rotular esses dados confidenciais, garantindo que o acesso seja cuidadosamente controlado: permitindo que os usuários certos vejam os dados certos e impedindo que todos os outros os acessem.
Por exemplo, a equipe de marketing só deve ter permissão para visualizar os dados do cliente relevantes para a campanha atual, e não os todos os dados dos clientes. Também é interessante limitar as informações financeiras do cliente ao acesso do funcionário.
5 – A segurança e a continuidade dos negócios devem andar de mãos dadas
Por um lado, temos que garantir que as implementações de segurança na nuvem não interfiram na continuidade dos negócios. No entanto, em caso de ataque, também temos que garantir a disponibilidade de todo o fluxo de trabalho do negócio. Temos que implementar um protocolo onde o serviço possa ser restaurado o mais rápido possível. Todo o aplicativo deve voltar a funcionar o mais rápido possível, não apenas para que o mínimo do sistema volte a funcionar.
Melhores práticas recomendadas de segurança na nuvem – passo a passo
Ao implementar as melhores práticas de segurança na nuvem, podemos diferenciar as etapas cruciais em três fases diferentes:
- Identificando seu estado de uso da nuvem e os riscos associados.
- Protegendo seu sistema em nuvem.
- Respondendo a vetores de ataque e problemas de segurança.
Fase 1: Identificando o estado e os riscos do uso da nuvem
Nesta primeira fase, devemos nos concentrar em entender o estado atual do seu sistema e soluções integradas em nuvem enquanto avaliamos os riscos associados a todos os diferentes elementos. Podemos fazer isso executando a seguinte lista de verificação de segurança na nuvem:
Etapa 1: identificar dados confidenciais.
Os dados são a força vital das empresas modernas e os dados regulamentados, quando roubados, podem resultar em penalidades legais ou até mesmo na perda de propriedade intelectual. Você deve identificar e rotular corretamente seus dados confidenciais e regulamentados para essa finalidade.
Você pode usar várias ferramentas de classificação de dados, se necessário, nesta etapa.
Etapa 2: Identifique como os dados confidenciais estão sendo acessados.
Agora que identificamos e rotulamos adequadamente os dados confidenciais em nosso sistema, precisamos monitorar e analisar quem acessa esses dados e como eles estão sendo compartilhados. Verifique os controles/permissões de acesso em arquivos e pastas em seu ambiente de nuvem e também monitore outros fatores relevantes, como funções de usuário, localização, tipo de dispositivo e assim por diante.
Etapa 3: descubra o uso desconhecido da nuvem.
Em um ambiente de escritório, é comum que os funcionários se inscrevam em serviços em nuvem aparentemente inofensivos, como armazenamento em nuvem (por exemplo, DropBox, Google Drive), ferramentas de conversão online (por exemplo, conversores de PDF, downloaders do YouTube) e assim por diante.
Nesses casos, a equipe de TI pode não ser notificada, resultando no uso de serviços de nuvem desconhecidos em seu ambiente (e eles apresentam riscos potenciais). Descubra esses serviços desconhecidos monitorando o uso do seu sistema.
Etapa 4: verifique as configurações dos serviços em nuvem
Seus serviços de nuvem podem conter várias configurações importantes que podem causar vulnerabilidades exploráveis quando não configuradas corretamente. Isso é especialmente importante se você estiver usando soluções IaaS (Infrastructure as a Service) na nuvem, como Microsoft Azure ou Amazon Web Services (AWS).
Verifique as configurações de criptografia, controles de rede e gerenciamento de acesso/autenticação.
Etapa 5: Identifique o uso malicioso
Monitore seu sistema em busca de sinais de uso malicioso de dados em nuvem. Eles podem ser causados por ataques lançados por cibercriminosos, mas muitas vezes o culpado é um funcionário ignorante ou preguiçoso cometendo um erro honesto.
Monitore anomalias e descubra os principais protocolos para mitigar as perdas de dados (internas e externas) em vários cenários.
Fase 2: Protegendo seu ambiente de nuvem
Nesta segunda fase, entendemos o perfil de risco associado à nossa segurança na nuvem, para que possamos começar a implementar a proteção de nossos serviços em nuvem de acordo com os níveis de risco associados.
Nesta fase, podemos usar várias tecnologias para alcançar as melhores práticas de segurança na nuvem nas seguintes etapas:
Etapa 1: Atribua políticas de proteção
Agora que você identificou seus dados confidenciais e/ou regulamentados, você deve atribuir políticas de controle e proteção para determinar quais dados podem ser armazenados na nuvem e quais merecem mais abordagens de proteção.
Você também deve instruir os usuários sobre essas políticas, incluindo as consequências quando eles violam suas políticas e como evitar erros comuns.
Etapa 2: criptografar dados sensíveis
É melhor usar suas próprias chaves de criptografia ao criptografar dados confidenciais e/ou regulamentados. Existem serviços em nuvem que oferecem seus próprios recursos de criptografia, mas, nesses casos, o provedor de serviços em nuvem ainda terá acesso a essas chaves de criptografia. Mesmo que você possa confiar em seu provedor de serviços de nuvem, caso seus sistemas sejam comprometidos em um ataque, seus dados criptografados também podem ser comprometidos.
Portanto, criptografe seus dados com suas próprias chaves sempre que possível para ter total controle sobre quem pode acessar esses dados e ter 100% de certeza de sua segurança.
Etapa 3: definir políticas para compartilhamento de dados
Você deve aplicar suas políticas de controle de acesso e controle de compartilhamento assim que quaisquer dados entrarem na nuvem. Se você estiver usando vários serviços de nuvem, precisará implementar políticas de controle para cada serviço.
Você deve controlar especialmente quais usuários podem compartilhar/editar os dados e quais devem ser limitados apenas como visualizador. Limite como os usuários podem compartilhar informações externamente por meio de links compartilhados.
Etapa 4: interrompa o compartilhamento de dados com dispositivos desconhecidos
Um dos principais benefícios do uso de serviços em nuvem é a capacidade de acessar o serviço de qualquer dispositivo, em qualquer lugar, desde que haja uma conexão com a Internet. No entanto, isso também permitirá que dispositivos desconhecidos e não gerenciados (ou seja, um smartphone pessoal) acessem o serviço, o que pode ser uma vulnerabilidade de segurança que pode ser explorada. Você pode bloquear o acesso desses dispositivos desconhecidos exigindo verificação de segurança antes que este dispositivo possa acessar/baixar o serviço.
Etapa 5: Implemente a proteção de mitigação antibot
As atividades de bots maliciosos continuam sendo as principais causas de violações de segurança cibernética em serviços de nuvem, por isso é muito importante implementar uma solução de detecção e mitigação de bots para se defender desses bots ruins.
Os serviços de proteção de bots podem ser uma maneira econômica e confiável de proteger seu ambiente de nuvem. Ao utilizar tecnologias de IA e aprendizado de máquina, o DataDome pode monitorar e analisar as atividades de tráfego em tempo real e, quando detecta atividades com intenção maliciosa, mitiga a atividade no piloto automático.
Etapa 6: Implemente proteção avançada contra malware
Semelhante às atividades de bot, o malware também é um motivo comum para violações de dados em ambientes de nuvem. Usar uma solução antimalware adequada em seu sistema operacional e rede virtual pode ajudar a proteger sua infraestrutura de nuvem.
É melhor combinar a abordagem estática (lista de permissões) e ativa (detecção comportamental de aprendizado de máquina) para proteger seu armazenamento de dados e impedir a exploração de memória.
Fase 3: Respondendo a ataques e problemas
Nas fases um e dois, estabelecemos as medidas de proteção necessárias para que nossa infraestrutura em nuvem funcione sem problemas e protegida contra ameaças de segurança cibernética.
No entanto, mesmo a melhor proteção não protegerá 100% o sistema contra tentativas maliciosas, e é por isso que devemos seguir estas práticas recomendadas para responder a tentativas de ataque e ataques bem-sucedidos:
Etapa 1: adicionar controle de autenticação para cenários de acesso de alto risco.
Identifique cenários de acesso que são determinados como de alto risco, por exemplo, quando os usuários acessam dados confidenciais/regulamentados de um dispositivo novo e não gerenciado. Nesses casos, você pode exigir etapas extras de verificação e/ou implementação de autenticação multifator para garantir que não seja um invasor se passando por um usuário legítimo.
Etapa 2: adicione novas políticas para novos serviços em nuvem
Nos casos em que novos serviços em nuvem são integrados à sua infraestrutura existente, você pode atualizar automaticamente as políticas de acesso. Por exemplo, você pode exibir informações sobre o perfil de risco de um serviço de nuvem para bloquear o acesso ou apresentar uma mensagem de aviso de que os protocolos de segurança desse novo serviço de nuvem não foram implementados corretamente. Você pode fazer isso com uma abordagem de lista de permissões usando seu firewall/gateway da Web seguro e um banco de dados de risco na nuvem.
Conclusão
Como vimos, não existe uma abordagem de segurança em nuvem de tamanho único que proteja 100% seu ambiente de nuvem. Diferentes organizações podem precisar de diferentes práticas recomendadas de acordo com muitos fatores diferentes, desde os serviços de nuvem usados até a quantidade/tipo de dados confidenciais e outros fatores.
Para implementar adequadamente as melhores práticas de segurança na nuvem, temos que implementá-las em três fases distintas: identificar dados confidenciais e perfil de risco, configurar proteção para sua infraestrutura e implementar planos de resposta em caso de ataque.
Como garantir a segurança na nuvem?
É importante frisar que só a assinatura desses serviços de armazenamento de dados na nuvem não é o suficiente, sua empresa necessita de recursos de proteção para utilizar servidores externos como extensão de seus próprios dispositivos.
Com estruturas multi-cloud comuns, as organizações agora podem criar, armazenar e gerenciar enormes volumes de dados na nuvem.
Chegou a hora da sua empresa garantir privacidade, segurança e conformidade de dados com tecnologia de IA para sistemas multi-nuvem, SaaS e autogerenciados através de uma única solução.
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