Ao menos 60% dos profissionais da área jurídica afirmam não ter ou ter pouquíssimo envolvimento com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), segundo pesquisa feita pela ProJuris.
Apesar disso, 20% dos participantes indicam que o assunto é uma tendência.
Os números fazem parte do Censo Jurídico 2021, o maior levantamento realizado no universo jurídico no país.
Foram mais de mil profissionais de todo o Brasil, que responderam questões sobre comportamento, rotina, previsões e desafios para 2021, entre os dias 1 e 28 de fevereiro.
“Essa é uma ferramenta importante para quem trabalha no jurídico. Com os resultados, é possível comparar a sua realidade de trabalho com a de outros profissionais do segmento. É um bom termômetro de aprendizado de mercado e análise de quais são as principais apostas e previsões da área”, observa Sergio Cochlea, CEO da empresa.
O estudo também abordou as consequências da pandemia. Mais de 25% dos participantes consideram o coronavírus o grande “vilão jurídico” do último ano, seguido pelo sistema judiciário (14%) e pela burocracia (14%).
Dentre as mudanças causadas, 48% apontaram o home office como a principal. Porém, mesmo com a necessidade de trabalho remoto, apenas 11% acreditam que a assinatura digital vai ser tendência em 2021.
Veja outros dados disponíveis no material:
- O WhatsApp confirmou sua nova política de privacidade que autoriza a troca de dados dos usuários do WhatsApp com o Instagram e Facebook, mesmo assim, mais de 70% dos participantes confirmaram que vão continuar usando a ferramenta.
- Mais de 60% dos participantes não usam software para monitorar as publicações, o que indica que a forma de receber e tratar essas informações ainda é manual, o recebimento é principalmente através do e-mail.
- 51% das empresas não utilizam tecnologia para automatizar cálculos.
- Os profissionais apostam na LGPD e no marketing jurídico digital como tendências, o que será um grande desafio, considerando que é necessário seguir as recomendações da LGPD para propagar o marketing em conformidade.
- Apenas 3% dos escritórios participantes afirmaram ter integração com outros sistemas.
- Só 11% dos advogados do segmento de empresas possuem um Business Intelligence (BI) capaz de entregar dados, gráficos e indicadores em tempo real, eliminando apresentações e economizando tempo na busca por informações atualizadas para a tomada de decisões inteligentes. Outros 25% fazem esse controle no excel.
O Censo Jurídico pode ser baixado aqui.
Fonte: Economia SC
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