Grupo hacker invade laboratório de exames no Brasil e vaza senhas
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Grupo hacker invade laboratório de exames no Brasil e vaza senhas

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O Grupo Meddi opera uma série de laboratórios de exames na Bahia sob as marcas Meddi, Multimagem e IHEF, e tem convênio com diversos planos de saúde. Conforme matéria publicada no site Tecnoblog, a empresa foi vítima do ransomware Avaddon, que criptografou um enorme volume de dados. O hacker responsável pelo ataque expôs senhas de acesso e documentos financeiros, e ameaça vazar mais informações confidenciais se não receber um pagamento.

“Meddi Laboratório, você tem 240 horas para entrar em contato e cooperar conosco”, avisou o grupo na terça-feira (16) em seu site na dark web. “Se isso não acontecer, vamos vazar todos os documentos importantes e confidenciais de sua empresa, assim como relatórios financeiros e muito mais.” Eles não revelam qual é o valor do resgate, geralmente cobrado em bitcoin para dificultar o rastreamento.

Como amostra, a página inclui um print com login e senha para acessar o portal de mais de 20 planos de saúde. Há ainda um contrato de credenciamento; um detalhamento do fluxo de caixa da Multimagem para janeiro de 2020 e novembro de 2018; e o contrato de locação de um instituto de hematologia.

O vazamento também tem dados pessoais como a cédula de identidade de médicos, registro no CFM (Conselho Federal de Medicina), diplomas e certificados.

Para lidar com essa situação, a Meddi formou um comitê com profissionais das áreas de TI e segurança da informação, comercial, comunicação e jurídico. A empresa está avisando as pessoas cujos dados foram indevidamente acessados, tal como médicos, conforme manda a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais). Ela também alterou senhas de usuários e serviços afetados, e abriu boletim de ocorrência junto à Polícia Civil de Feira de Santana (BA).

Além disso, a companhia prepara um relatório de incidente de segurança detalhando ações corretivas que serão adotadas, incluindo:

  • revisão das regras do firewall e da comunicação entre as VPNs do grupo;
  • criação de VLANs por serviço e área para facilitar o bloqueio de um potencial tráfego indevido;
  • implantação de um software de SIEM (gerenciamento de eventos e informações de segurança), que serve para monitorar logs de acesso;
  • implantação de um IPS (sistema de prevenção de invasão), que permite responder a ataques com mais rapidez ao identificar ameaças em potencial.

A empresa garante que os servidores afetados pelo ransomware armazenavam somente informações internas, não dados de pacientes como resultados de exames.

Meddi sofreu dois incidentes de segurança

O comunicado não entra em detalhes sobre o ataque em si, mas a Meddi sofreu dois incidentes de segurança este mês. Em sua conta oficial do Instagram, a Meddi Laboratório informou em 4 de fevereiro que teve atraso ao marcar exames e entregar resultados “em razão de instabilidade em nosso sistema operacional”.

Dias depois, ela divulgou um novo comunicado: o sistema “ficou inoperante na quarta, 10/02, devido a um incidente de segurança da informação”. Nos dois casos, o motivo foi o ransomware Avaddon.

A Multimagem e IHEF, que também pertencem ao Grupo Meddi, publicaram os mesmos avisos em suas respectivas contas do Instagram. Os posts não mencionam o ataque hacker.

A ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) só poderá aplicar multas relacionadas à LGPD a partir de agosto de 2021. No entanto, pessoas que forem afetadas por um vazamento podem entrar com processo na Justiça.

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