A imensa conectividade em que vivemos, apesar de trazer muitas vantagens, comporta também alguns riscos. Especialistas em todo o mundo já advertem especialmente para o Ransomware of Things (ou Ransomware Das Coisas), uma evolução do software malicioso que, em vez de roubar a informação sensível de uma empresa em particular, assume o controle de todos os dispositivos conectados à internet, impedindo o acesso do usuário até que ele pague um resgate.
O ransomware é um inimigo bem conhecido, mas nem por isso deixa de causar estragos.
Este tipo de ciberataque cresceu 160% no terceiro trimestre do ano passado, o que significa que, em média, 8% das empresas sofrem um ataque toda semana.
Compreende-se, assim, porque o Cyber Security Report 2020 indica o ransomware como uma das maiores ameaças identificadas. Embora a informação continue a ser o principal foco dos cibercriminosos como meio para obter um resgate, é cada vez mais frequente que estes ataques se centrem em todo o tipo de dispositivos, não só computadores. Com isto, amplia-se a ameaça, já que o risco deixa de visar apenas empresas, podendo atingir toda a sociedade.
As novas gerações de ciberameaças destacam-se por serem muito sofisticadas, mas também por utilizarem velhos recursos, como o ransomware, de forma inovadora para contornar as medidas de segurança tradicionais. O Ransomware of Things é um exemplo claro: os cibercriminosos, aproveitando-se do fato da conectividade ser o motor do mundo, direcionam os seus ataques a dispositivos móveis pouco protegidos.
A tecnologia avança a passos largos, é fundamental adotar medidas de segurança centradas na prevenção contra riscos e ameaças antes que estes se concretizem. Quando o assunto é cibersegurança, não existem segundas chances. É muito importante que estejamos protegidos desde o primeiro momento com as soluções tecnológicas mais avançadas.
Com funciona o Ransomware Of Things (RoT)? O principal perigo é o Jackware
Ataques que têm como alvo dispositivos IoT ocorrem de forma semelhante às tradicionais ameaças, com a principal diferença de que o seu foco é o bloqueio de dispositivos e não de dados.
É utilizado, normalmente, um vírus conhecido como “jackware”, um software malicioso que assume o controle dos dispositivos conectados à internet cuja função não é a de processar dados.
Isto significa isto que, por exemplo, num ambiente doméstico, um cibercriminoso poderia manipular todo o tipo de eletrodomésticos conectados, inclusive, em casos mais avançados, recursos essenciais como eletricidade, água ou até as portas eletrônicas da residência.
Os riscos aumentam quando são considerados, por exemplo, os avanços que a indústria automobilística tem alcançado, especialmente no que diz respeito ao número de carros conectados à internet em nível global.
O número de funcionalidades de um carro passíveis de serem controladas por meio de um aplicativo móvel é cada vez maior, como abrir e fechar o veículo ou ligar o motor. Neste caso, assumindo o controle de um smartphone, um cibercriminoso poderia, como consequência, controlar o carro da vítima.
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